sábado, 16 de abril de 2011

Lições Bíblicas - João

Embora a ressurreição do Senhor tivesse sido cumprida, sua descoberta exigiu
a busca de Seus discípulos. A descoberta de Sua ressurreição foi feita por
aqueles que O buscavam com amor. João, capítulo 20, mostra que tipo de
pessoa irá perceber a ressurreição do Senhor, o tipo de pessoa a quem a
visão de Sua ressurreição pode ser revelada. Como podemos ter a revelação da ressurreição
do Senhor? Há um fato maravilhoso e misterioso, que é a ressurreição do Senhor
realizada neste universo. Mas como podemos conhecê-la? Como ela nos pode ser
revelada? Como podemos ter essa visão? Somente amando ao Senhor e buscando-O.
A ressurreição do Senhor como fato foi realizada, mas este fato precisa ser descoberto
e visto. Antes de Maria Madalena vir ao túmulo, a ressurreição em vida tinha de fato
sido cumprida. Mas Maria tinha de descobri-la amando e buscando o Senhor. Isso estabelece
um princípio. Hoje, a ressurreição de Cristo é um fato cumprido, e ainda assim
muitas pessoas não a viram. Elas nunca chegaram ao ponto para a descobrirem. Você
descobriu o fato da ressurreição de Cristo? Você recebeu a revelação ou a visão de
que o Senhor ressuscitou? Sei que você tem o conhecimento, a doutrina e a história
da Sua ressurreição, mas você descobriu o fato desse acontecimento no espírito? Para
fazermos tal descoberta, devemos primeiro amar ao Senhor e buscá-Lo.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A BÍBLIA — UM LIVRO SOBRE COMER

A BÍBLIA — UM LIVRO SOBRE COMER
Gn. 2:8-9, 16; Êx. 12:6-8; Dt. 12:6-7; 15:19-20; 16:10-11, 15; Jo. 6:35, 57, 63; Apocalipse. 22:2,14

 A Bíblia é um livro maravilhoso. Sobre o que a Bíblia fala? É correto dizermos
que a Bíblia fala sobre Cristo, vida, e salvação. Além disso, não é errado dizer
que a Bíblia fala sobre esposas que se submetem aos seus maridos, maridos
que amam as suas esposas, filhos que honram os seus pais, e pais que cuidam
dos seus filhos. Nem é errado dizer que a Bíblia fala sobre humildade,
paciência, paz, e bondade. Também não está errado dizer que ela fala sobre o amor de Deus,
a luz de Deus, e a santidade de Deus. Além disso, não está errado dizer que a Bíblia nos
ensina a adorar a Deus, amar a Deus, e servir a Deus. Nós podemos listar centenas e até
mesmo milhares de tópicos sobre o que a Bíblia fala. Porém, a coisa mais estranha é que nós
nunca ouvimos uma mensagem no Cristianismo dizendo-nos que a Bíblia fala sobre comer.
É verdade que a Bíblia é um livro de vida, um livro de salvação, um livro de amor, e
um livro de ensinamentos. Porém, depois de ler os versículos acima da Bíblia, você tem que
admitir que a Bíblia é um livro sobre comer.
Depois que Deus criou o homem, Deus não disse que o homem precisava de vida ou
salvação. Ele nem disse que o homem precisava amar e obedecer a Deus. Nem Ele disse que
o homem precisava ser humilde ou ser pacífico. Depois que Deus criou o homem, Ele pôs o
homem em um jardim, e Ele colocou-o diante da árvore da vida, dizendo, "Coma! Coma!
Coma!" Sobre o que a Bíblia fala? Fala sobre comer. Que tipo de livro é a Bíblia? É um livro
sobre comer.
A Bíblia é um livro profundo e misterioso. Não fica enfadonho nem sequer depois de
repetidas leituras, e não pode ser esgotado nem sequer depois de você ler cem vezes, mil
vezes, ou dez mil vezes. Independente de quantas vezes você tenha lido a Bíblia, ainda há
coisas novas. Trinta anos atrás eu já tinha gasto três ou quatro Bíblias ao ler repetidamente,
e eu pensei que entendia a Bíblia quase toda. Porém, eu vim a perceber gradualmente que
ainda há muitas verdades na Bíblia que eu não via. Neste momento se você fosse me
perguntar, "Irmão Lee, o que você descobriu agora da Bíblia?" Eu diria, "Agora eu descobri a
palavra — comer".
LE LER A BÍBLIA REQUER QUE ABANDONEMOS NOSSOS VELHOS CONCEITOS
Irmãos e irmãs, esta palavra está claramente na Bíblia, contudo nós não a vemos
mesmo após ler a Bíblia muitas vezes. Por quê? É porque todo velho conceito que nós temos
é um véu. É mais que evidente que a palavra comer está na Bíblia, contudo nós não pudemos
vê-la. Isto é devido ao fato de que nós temos nossas velhas idéias pré-concebidas, nossos
velhos conceitos.
Os versículos na leitura Bíblica do livro de Deuteronômio contêm uma declaração que
é repetida muitas vezes: "Vocês devem comer,…vocês e suas casas" (12:7). Ainda nós
podemos não ver isto mesmo depois de vários momentos de leitura. Porém, quando nós
lemos Josué 24, nós claramente vemos uma sentença tal como, "Eu e minha casa,
serviremos ao Senhor" (v. 15). Esta sentença só é falada uma vez nos sessenta e seis livros da
Bíblia, mas todos os Cristãos a conhece. Por quê? Isto é porque nosso conceito natural é
servir a Deus; nós não temos o conceito de simplesmente comer o Senhor. Portanto, mesmo
depois de ter lido os versículos deste assunto mais de mil vezes, nós podemos não ver ainda
a palavra comer. Comer está na Bíblia, mas não está no seu conceito. Ao invés disto, a
palavra servir está em seu conceito. Falando honestamente, até mesmo sem Josué 24, de
acordo com sua mentalidade você ainda diria, "eu e minha casa serviremos ao Senhor". Isto
só acontece porque na Bíblia tem tal versículo que corresponde com seu conceito. Portanto,
a idéia é impressa em sua mente imediatamente após você ler o versículo. Ele não é lido da
Bíblia para sua mente; pelo contrário, é lido da sua mente para a Bíblia. Este é nosso
problema com respeito a ler a Bíblia.
Deus disse que seus pensamentos não são os nossos pensamentos, contudo nós não
estamos dispostos a abandonar os nossos pensamentos. Toda vez que você vai ler a Bíblia,
você não está lendo a Bíblia de fato; você está lendo os seus conceitos. Por exemplo, dia após
dia você tem o conceito de que as esposas devem submeter-se aos seus maridos e que os
maridos devem amar as suas esposas. Entretanto, um dia quando você vai a Efésios 5
relacionado às esposas que se submetem aos seus maridos e maridos que amam as suas
esposas, você é rápido para ver isto. Entretanto, você pode não ver as muitas palavras mais
importantes na Bíblia, embora você as leia vez após vez.
GÊNESI GÊNESIS-O DESEJO DE DEUS ERA QUE O HOMEM COMESSE DA ÁRVORE DA VIDA
Sobre o que a Bíblia fala desde o princípio até o fim? Todos aqueles que conhecem a
Bíblia reconhecem que há um princípio na Bíblia: A maneira que determinado assunto é
falado pela primeira vez na Bíblia torna-se imutável o significado daquele assunto em seu
desenvolvimento posteriormente. Portanto, se nós quisermos conhecer o relacionamento
adequado entre Deus e o homem, nós temos que ver o que Deus queria que o homem fizesse
depois que Ele o criou. Depois que Deus criou Adão, Ele não disse, "Adão, Eu o criei. Eu sou
seu Senhor. Você tem que Me adorar, e você tem que Me agradecer e Me louvar". Nós não
vemos estas palavras registradas na Bíblia. Estes pensamentos são os conceitos religiosos do
homem. Eu não estou sugerindo que estes conceitos sejam ruins, mas estes conceitos
religiosos saíram dos pensamentos caídos do homem. Eles não eram os pensamentos do
princípio. Depois que Adão foi criado, Deus o colocou em frente à árvore da vida e lhe disse
que comesse livremente do fruto das árvores no jardim. A primeira coisa que Deus queria
que o homem fizesse era comer, comer, e comer! Portanto, nós vemos que a Bíblia é um
livro sobre comer. Comer o que? Comer Deus! Comer o Senhor!
Entretanto, você pode ver imediatamente o erro que o homem cometeu naquilo que
ele comeu, e ele caiu. É terrível comer a coisa errada. Adão caiu porque ele comeu a coisa
errada. Nosso comer físico é um símbolo desta questão. Qualquer coisa que nós comemos,
seja da vida animal ou da vida vegetal, ela nos dá uma provisão de vida. Se nós comermos a
coisa errada, nós poderemos ser envenenados. Em alguns casos nós podemos ficar doentes,
mas nos casos mais sérios podemos até morrer. O mesmo é verdade no reino espiritual.
Somente Deus é o alimento certo; é correto para nós somente comermos Deus. Se nós
comermos qualquer coisa diferente de Deus, nós comeremos a coisa errada. Não
surpreendentemente, todo ser humano foi envenenado. A última sentença em Gênesis diz,
"Eles o embalsamaram, e foi colocado em um caixão no Egito" (50:26). Este foi o fim de
José, e este é igualmente o fim de toda raça humana. Este é o resultado do homem que foi
criado por Deus e que foi envenenado. Depois que foi envenenado, o homem morreu; depois
da sua morte, ele foi colocado em um caixão; depois que foi colocado em um caixão, ele
permaneceu no Egito.


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

UM ESBOÇO PARA EQUIPAR OS SANTOS QUANTO À IMPORTÂNCIA DA VERDADE, À PRÁTICA DA UNIDADE DO CORPO E AO ENCABEÇAMENTO DE CRISTO

UM ESBOÇO PARA EQUIPAR OS SANTOS QUANTO À IMPORTÂNCIA DA VERDADE, À PRÁTICA DA UNIDADE DO CORPO E AO ENCABEÇAMENTO DE CRISTO

   I.     A restauração do Senhor está edificada sobre a verdade.

A.     A restauração do Senhor é a restauração das verdades na Bíblia, e a compreensão adequada da verdade é o fundamento de nossa experiência do Espírito e da vida.

1.       Em nossa prática da vida da igreja na restauração do Senhor, devemos ser absolutos pela verdade e defender o aspecto absoluto da verdade como é ensinado pelo apóstolo João (Jo 14:6; 18:37; 3Jo 3-4, 8).

2.       Devemos tomar o caminho da verdade e não comprometê-la de forma nenhuma (2Pe 2:2).

3.       Saber a verdade é a nossa salvaguarda de erro.

4.       A única fonte da verdade que seguimos é a Palavra de Deus e, mais especificamente, o ensinamento neotestamentário dos apóstolos (At 2:42; Tt 1:9).

B.     A liderança no Novo Testamento é, na verdade, a visão controladora da verdade concernente à economia eterna de Deus.

A liderança no ministério do Novo Testamento em realidade não é uma liderança de uma pessoa controladora. Na restauração do Senhor, rejeitamos a noção de uma pessoa controlando pessoas e assuntos. Temos uma liderança, mas não a liderança de uma pessoa controladora. Em vez disso, temos a liderança de uma revelação controladora no único ministério por meio daqueles que introduzem a revelação do ministério. A revelação controla, e o faz por meio daqueles que introduzem a revelação. A revelação na restauração do Senhor nos controla e restringe. (The God-ordained Way to Practice the New Testament Economy, p. 172).

A.     Qualquer ensinamento que deprecia a verdade é perigoso e não devemos aceitar.

Alguém chegou até mesmo a dizer que devemos nos importar apenas com o Espírito, e não com os princípios. Que sutil! Quem conhece a verdade sabe que isso significa aceitar somente o Espírito e rejeitar a Bíblia, pois todos os princípios são derivados da Bíblia. É muito perigoso ter apenas o Espírito, sem os princípios da Palavra. (Truth Messages, p. 12)

B.     Se quisermos ser absolutos pela verdade, devemos pôr de lado os sentimentos e os relacionamentos pessoais (Mt 16:24-25; 1Pe 1:22).

Ser absoluto pela verdade significa que não são permitidos nenhum sentimento pessoal ou relações familiares no caminho da verdade. Em assuntos espirituais, a verdade é comprometida tão logo os relacionamentos humanos são considerados. (Watchman Nee, O Caráter do Obreiro do Senhor, p. 193)

1.       Nós seguimos a verdade, não uma pessoa, quem quer que seja.

Na verdade, nossa liderança não é uma pessoa, mas a verdade divina, a visão divina. (A Word of Love to the Co-workers, Elders, Lovers, and Seekers of the Lord, p. 64)

2.       Se uma pessoa em função de responsabilidade se desvia da verdade, não importa quem ela seja, não podemos seguí-la, mesmo que tenhamos recebido sua ajuda no passado.

Não importa quanta ajuda tenhamos recebido de alguém no passado; se ele fizer algo que ofende o Corpo, precisamos praticar a verdade. (The Problems Causing the Turmoils in the Church Life, p. 32)

   I.     Para praticar a verdade, devemos nos importar com a edificação das igrejas locais sobre toda a terra como o procedimento para cumprir o alvo da economia neotestamentária de Deus, que é a edificação do único Corpo de Cristo.

A.     A unidade do Corpo de Cristo se baseia na unidade do Deus Triúno (Ef 4:4-6) e é o fundamento de nossa prática da vida da igreja na restauração do Senhor.

1.       No universo há um só Corpo (Ef 1:23; 1Co 12:12):

2.       Esse único Corpo é expresso no aspecto prático como as igrejas locais (1Co 1:2; Ap 1:11-13).

3.       Todas as igrejas locais por toda a terra devem participar na única comunhão comum (1Co 1:9) sem distinção local, nacional, regional, continental, cultural ou de língua (1Co 12:13; Cl 3:10-11).

As igrejas locais devem ter comunhão com todas as genuínas igrejas locais em toda a terra para manter a comunhão universal do Corpo de Cristo. Qualquer igreja local que não mantém essa comunhão universal do Corpo de Cristo é divisiva e se torna uma seita local. (A Brief Presentation of the Lord’s Recovery, p. 54)

B.     A nossa prática da vida da igreja na localidade deve se basear na unidade do Corpo universal.

1.       Para a edificação do Corpo, há um único ministério e uma única obra no Novo Testamento (Ef 4:12, 16); embora haja muitos ministros com muitos serviços (1Co 12:5), todos os que servem às igrejas locais devem realizar um ministério corporativo único (At 1:17; 2Co 4:1).

2.       Ao ensinar a mesma coisa em cada igreja (1Co 4:17; 7:17), os apóstolos, em vez de questionamentos, mantêm as igrejas na linha central da economia de Deus (1Tm 1:3-4).

3.       Para a edificação das igrejas locais, devemos cuidar da unidade do Corpo (Ef 2:16; 4:4), a unanimidade (At 1:14; Rm 15:6), pensar a mesma coisa (Fp 2:2; 2Co 13:11), falar a mesma coisa (1Co 1:10), levar a cabo o único ministério e a única obra com uma única meta (Ef 4:12; 1Co 16:10), e servir em um único fluir do mover do Senhor (Ap 22:1).

4.       Ser restringido a uma única obra de publicação no ministério da restauração do Senhor é uma maneira prática de aplicar esses princípios e evitar ter som incerto da trombeta (1Co 14:8; cf. Nm 10:9).

A.     Ser divisivo é estar separado do único Corpo; estar separado de um grupo sectário não é divisivo.

Se alguém pensa que não deve ser divisivo, deve primeiro ter em mente o que significa ser divisivo. Ser divisivo significa ser dividido do Corpo. A divisão em 1 Coríntios 12 se refere à divisão do Corpo (v. 25), não uma separação de um grupo que não está segundo o Corpo. (Watchman Nee, Collected Works, vol. 50, p. 820)

   I.     Para praticar a verdade, devemos nos importar com o encabeçamento de Cristo.

A.     Cristo é a única fonte de toda autoridade na igreja (Mt 28:18).

1.       O encabeçamento de Cristo sobre a igreja, Seu Corpo, é absoluto (Ef 4:15; Cl 1:18).

2.       A igreja como o Corpo de Cristo está unida a Cristo e partilha em Sua vida e autoridade (Ef 1:19-23).

3.       O encabeçamento de Cristo é percebido no ministério de vida entre os membros de Seu Corpo (Ef 4:16; Cl 2:19).

4.       A autoridade de Cristo não é propriedade privada de alguns membros; não é uma autoridade pessoal investida em determinados membros, mas uma autoridade que é o resultado de ser alguém no Espírito.

Na igreja não há autoridade humana, mas há somente a autoridade do Espírito Santo. A igreja está aqui na terra há um longo tempo, mas Deus nunca confiou seu serviço a qualquer indivíduo. Na igreja, nem mesmo os presbíteros são a autoridade. (Watchman Nee, Collected Works, vol. 62, p. 285)

B.     O encabeçamento no ministério neotestamentário é singularmente um na terra.

Há uma única liderança desde que o ministério é um (At 1:17, 25). Porque o ministério é um, nunca deveria haver mais do que uma liderança. Existe apenas uma única liderança desde que Deus, o Senhor e o Espírito são todos um (Ef 4:4-6)… A única liderança visa preservar a unidade do Espírito para o Corpo de Cristo. (The God-ordained Way to Practice the New Testament Economy, p. 167)

1.       A liderança no ministério neotestamentário não é oficial.

No Novo Testamento há somente um ministério e uma única liderança no ministério. Embora haja a verdade da liderança no ministério neotestamentário, o Senhor não designou oficialmente alguém para ser o líder. (The God-ordained Way to Practice the New Testament Economy, p. 167)

2.       Hoje, a liderança no ministério na restauração do Senhor é levada a cabo por um grupo de irmãos por toda a terra que tomou a liderança de orar e ter comunhão juntos pelo mover do Senhor.

O Senhor mostrou-me que Ele preparou muitos irmãos que servirão como co-escravos comigo de uma forma entremesclada. Sinto que isso constitui a provisão soberana do Senhor para Seu Corpo e a maneira atualizada de cumprir Seu ministério. (From a letter by Witness Lee, March 24, 1997)

1.       A verdadeira autoridade nas igrejas é o ensinamento dos apóstolos (At 2:42; Tt 1:9).

De acordo com o pensamento de Paulo, devemos falar apenas a economia de Deus, que é na fé; isto é, devemos falar apenas o ensinamento dos apóstolos. Então, chegamos à conclusão que foi o ensinamento dos apóstolos que tomou a liderança no Novo Testamento, não Paulo como um indivíduo. O ensinamento dos apóstolos, a verdade, a fé, o ensinamento da economia de Deus, tomou a liderança no ministério do Novo Testamento. (Crucial Words of Leading in the Lord’s Recovery, Book 2: Leading the Saints to Practice the New Way Ordained by the Lord, pp. 190‑191)

B.     Um verdadeiro ministro de Cristo dispensa o Espírito ao ensinar e se importar com a palavra da verdade.

... [Sem] a Palavra, o Espírito é vão. Todos temos de perceber que o Espírito vem após a Palavra. O Evangelho de João começa com a Palavra. No princípio era a Palavra, não o Espírito, e a Palavra era Deus. (Treinamento de Presbíteros, Volume 5, Unanimidade para o Mover do Senhor, p. 69)

C.     Devemos nos acautelar dos obreiros e líderes que reivindicam autoridade pessoal e quebram os princípios da unidade do Corpo e do encabeçamento de Cristo (Ef 4:4; Cl 1:18).

1.       Qualquer pessoa que busca exercer autoridade na igreja sem ser um com o Cristo crucificado e ressurreto para ministrar vida aos Seus membros, está na verdade usurpando o encabeçamento de Cristo e está em rebelião contra o trono de Deus (veja Nm 17:1-10; Lv 10:1-2).

2.       Qualquer pessoa que ensina diferentemente do ensinamento da economia neotestamentária de Deus, que é dos apóstolos, se desviou do caminho da verdade e não podemos segui-lo (1Tm 1:3-4; 2Pe 2:2).

3.       Aqueles que reivindicam sua própria autoridade ou declaram autoridade em nome de qualquer outro, não anda segundo a verdade (3Jo 3-4, 9).

Se você pensa que pode exigir obediência, que sua posição, dom ou poder justifica tal exigência, você não está qualificado para ser uma autoridade. (Watchman Nee, Collected Works, vol. 59, p. 203)

A coisa mais feia é alguém defender sua autoridade a fim de estabelecê-la para si mesmo. (Watchman Nee, Collected Works, vol. 47, p. 220)

1.       Obreiros que exigem unidade consigo mesmos como base para servir ou reunir estão, verdadeiramente, causando divisão.

Seja cuidadoso em seguir qualquer cooperador, que você aprecie ou que você esteja atraído. Ser um com outro cooperador dessa maneira é errado. Independente de qual razão seja essa unidade, você está errado. Todos somos um. Não temos partidos. Não diga: Sou um com o irmão tal. Ser um com alguém em específico é um erro. (A Word of Love to the Co-workers, ­Elders, Lovers, and Seekers of the Lord, p. 57)

2.       Se seguirmos uma autoridade inadequada, arriscamos ter parte no julgamento que ele receberá do Senhor (Nm 16:35; 1Sm 31:6).

3.       Recusar seguir uma autoridade inadequada não é rebelião.

É rebelião separar-se de um governo legítimo, mas não é rebelião separar-se de um governo que não é legítimo. (Watchman Nee, Collected Works, vol. 50, p. 824)

   I.     Como aqueles que amam o Senhor e se importam com Seu interesse em Sua restauração, devemos:

A.     Permanecer absolutos pela verdade nas Escrituras; permanecer pela verdade não é nem rebelião nem é ser divisivo.

B.     Equipar-nos mergulhando nas riquezas da Versão Restauração em português, em particular ao ler‑orar os versículos nesse esboço e ler as notas de rodapé desses versículos.

C.     Rejeitar qualquer coisa que cause divisão (Rm 16:17; Tt 3:10) e importar-se com a preservação da unidade do Corpo (Ef 4:3) na comunhão de todas as igrejas locais por toda a terra (1Co 1:2, 9).

D.     Orar:

1.       A fim de que todos os santos sejam preservados.

2.       Pelo cumprimento da economia de Deus entre nós.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

DOIS PRINCÍPIOS DO VIVER CRISTÃO

DOIS PRINCÍPIOS DO VIVER CRISTÃO

Aqui, eu gostaria de acrescentar outro princípio para o viver: o princípio do pecado.  Você pode dizer que todos no mundo podem viver conforme, pelo menos, três princípios: podem viver pelo pecado, ou pelo certo e errado, ou pela vida.
O que isso significa? É muito simples. Muitas pessoas vivem na terra seguindo as concupiscências de sua carne. Esses são filhos da ira que estão apegados às modas do mundo. Vivem e agem conforme os espíritos malignos em seus corações. Seu princípio de vida é que vivem pelo pecado (Ef 2:1-3). Esta manhã, não quero falar acerca desse princípio.  Creio que muitos entre nós já deixaram o princípio do pecado.  O que consideraremos esta manhã está separado do princípio do pecado.  Essas duas árvores representam dois princípios de vida. Depois de se tornarem cristãs, algumas pessoas vivem pelo princípio do certo e errado, ao passo que outras vivem pelo princípio da vida.
Ao falar sobre esse assunto, eu estou supondo que já deixamos o princípio do pecado e estamos andando diante de Deus. Se considerássemos um pouco, veríamos que algumas pessoas vivem conforme o princípio do certo e errado ou do bem e do mal.  Por favor, lembrem-se que o princípio do certo e errado, o princípio do bem e do mal, não é cristianismo. Cristianismo é uma questão de vida, não de estar conforme um padrão. Cristianismo fala de vida, não de bem e de mal. Cristianismo ensina vida, não certo e errado. Há muitos irmãos e irmãs jovens aqui esta manhã. Gostaria de dizer-lhes que depois que vocês receberam o Senhor Jesus e obtiveram uma nova vida, ganharam algo maravilhoso interiormente. Obtiveram outro princípio de vida. Contudo, se vocês não sabem isto, deixarão o princípio de vida de lado e começarão a seguir o princípio do certo e errado.

O SIGNIFICADO DE SEGUIR O PRINCÍPIO DO CERTO E ERRADO

O que é o princípio do certo e errado? Se nossa conduta é controlada pelo princípio do certo e errado, então perguntamos se algo está certo ou errado sempre que temos que fazer uma decisão.  Seria bom ou seria mau fazer isto? Quando perguntamos se é bom, estamos, com efeito, perguntando a nós mesmos: “Estou certo ao fazer isto ou não?” Muitas pessoas consideram assaz se algo é bom ou mau.  Elas consideram se podem ou não fazer certa coisa. Perguntam: “Isto está certo ou errado?” Quando elas consideram cuidadosamente certa questão, sendo cristãs, determinam se é bom e certo fazer tal coisa. Ao tomarem cuidado para decidir se algo é bom e certo ou não, elas se consideram bons cristãos.
A palavra de Deus diz: “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17). No máximo, essa prática é somente um discernir o bem do mal. Na melhor das hipóteses, é meramente escolher e rejeitar ___ escolher o bem e rejeitar o mal. Isto não é cristianismo. Cristianismo não tem um bem exterior e um mal exterior. Não tem um padrão definido no lugar. Eu posso escolher algo bom e rejeitar algo mau hoje, mas isto não é cristianismo. É o Antigo Testamento, a lei, as religiões mundanas, a moralidade humana, e a ética humana, mas não é cristianismo.

CRISTIANISMO É BASEADO NA VIDA

O que é cristianismo? Cristianismo é vida. Cristianismo não é uma questão de perguntar se algo é certo ou errado. Cristianismo é uma questão de verificar, com a vida dentro de nós, sempre que fazemos algo. O que a nova vida que Deus nos deu diz-nos interiormente sobre essa questão? É muito estranho que muitas pessoas tenham visto apenas um padrão exterior, o padrão do bem e do mal. Contudo, Deus não nos tem dado um padrão exterior. Cristianismo não é um novo conjunto dos Dez Mandamentos. No cristianismo, não temos sido levados a um novo Monte Sinai, nem Deus nos tem dado um novo conjunto de regras e regulamentos com “Tu farás” e “Tu não farás.” Cristianismo não exige que perguntemos se algo é certo ou errado, bom ou mau. Pelo contrário, sempre que fazemos algo, há uma vida dentro de nós que se levanta para falar conosco. Quando nos sentimos corretos interiormente, quando sentimos a vida dentro de nós se movendo, quando somos fortes interiormente e sentimos a unção, sabemos que temos vida. Muitas vezes, algo é certo e bom aos olhos do homem, mas, estranhamente, a vida interior não tem reação e se torna fria e recolhida.
Lembrem-se, por favor, a Palavra de Deus nos diz que nosso viver cristão é baseado em uma vida interior, não em um padrão exterior de certo e errado. Muitas pessoas mundanas, que não são salvas, vivem conforme o melhor padrão de vida que elas podem atingir: o princípio do certo e errado. Se você e eu também vivemos pelo princípio do certo e errado, somos o mesmo que as pessoas mundanas. Os cristãos são diferentes dos não cristãos, pois não vivemos por um padrão exterior ou por lei. Nosso propósito não é uma moralidade ou conceitos humanos. Nós não determinamos se algo é certo ou errado por sujeitá-lo à apreciação ou opinião humanas. Hoje, temos somente uma pergunta: O que diz nossa vida interior? Se a vida está forte e ativa dentro de nós, podemos fazer isso; se a vida está fria e recolhida dentro de nós, não devemos fazê-lo. Nosso princípio para viver é interior ao invés de exterior. Este é o único princípio verdadeiro de vida; os outros são falsos. As pessoas podem dizer que muitas coisas são certas para fazer, e posso sentir que fazê-las é certo, mas o que o sentimento da vida interior nos diz? A vida interior não concorda.  Se fôssemos fazê-las, não seríamos recompensados, e se não devemos fazê-las, não deve haver vergonha, pois elas estão fora de nós. Só podemos ver o que realmente é certo quando o Espírito de Deus opera dentro de nós. Se sentimos que há vida interiormente, então essa questão é certa. Se não sentimos a vida interior, então a questão é errada. Certo e errado não são decididos por um padrão exterior, mas pela vida interior.

O PADRÃO DE VIDA É MAIS ELEVADO QUE O MODOELO DO BEM

Uma vez que essa questão está resolvida, podemos ver que não devemos apenas evitar tudo que é mau, mas também tudo que é meramente bom. Os cristãos só podem fazer o que vem da vida. Podemos ver que há coisas más, coisas boas e coisas da vida. Não estamos dizendo que os cristãos devem tão-somente fazer coisas que sejam boas e coisas que sejam da vida. Antes, estamos dizendo que os cristãos não devem fazer coisas boas ou coisas más. Deus disse: “Da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Note que “bem e mal” são postos juntos aqui como um caminho, enquanto “vida” é outro caminho. Os cristãos não devem apenas recusar o mal, devem mesmo recusar o bem. Existe um padrão que é mais elevado que o padrão do bem; é o padrão da vida.
Tenho falado acerca desse assunto com muitos irmãos jovens, mas gostaria de repetir minha história novamente hoje. Quando comecei a servir o Senhor no início, procurava evitar tudo que fosse mau e, deliberadamente, me punha a fazer tudo que era bom. Conforme o ponto de vista humano, eu parecia estar progredindo esplendidamente em evitar o mal e fazer o bem. Havia um problema, entretanto. Visto que eu estava querendo saber o que era certo e errado, eu queria ter clareza sobre o que era certo e o que era errado em cada assunto, antes de fazer qualquer coisa. Naquele tempo, eu tinha um cooperador que era dois anos mais velho que eu, e nós estávamos sempre discordando. As diferenças que surgiam entre nós não diziam respeito a nossos afazeres pessoais. Nossas discórdias eram acerca de questões públicas, e nossas disputas eram públicas também. Eu costumava dizer a mim mesmo: Isso é errado; se ele quiser fazer coisas dessa maneira, eu protestarei. Contudo, não importava quanto eu protestasse, ele nunca cedia. Sua única desculpa era que ele era dois anos mais velho que eu. Eu podia argumentar com qualquer outro motivo, mas não podia argumentar com o fato que ele era dois anos mais velho que eu. Eu não podia vencer esse argumento, todavia, interiormente, eu não concordava com ele. Contei essa história a uma irmã mais velha, que era rica espiritualmente, e pedi-lhe para arbitrar.  Ele estava certo ou eu estava certo? Ela não disse que ele estava certo nem disse que ele estava errado. Ela simplesmente me fitou com os olhos e disse: “Você deve fazer como ele diz”. Fiquei infeliz interiormente e pensei: “Se eu estou certo, diga-me; se eu estou errado, então diga-o. Por que você diz que devo fazer como ele diz?” Pedi-lhe para dar-me uma razão para sua resposta. Ela disse: “No Senhor, o mais jovem deve submeter-se ao mais velho.” “Mas”, eu retruquei: “No Senhor, se o mais jovem está certo e o mais velho errado, o mais jovem ainda deve se submeter?” Naquele tempo eu estava no curso secundário e não tinha aprendido nada acerca de disciplina, portanto dei livre curso à minha ira. Ela ainda sorriu e disse: “Seria melhor você fazer como ele diz.”
Uma vez, algumas pessoas estavam indo ser batizadas, e havia três de nós cuidando do assunto. Eu era o mais jovem, depois o irmão que era dois anos mais velho que eu, e, finalmente, havia o irmão Wu, que era sete anos mais velho que ele. Eu pensei: “Você é dois anos mais velho que eu, portanto eu tenho que me submeter a você em tudo. Ele é ainda mais velho. Vejamos se você se submeterá ou não.” Ficamos juntos para discutir essa questão, todavia ele recusou aceitar qualquer coisa do irmão Wu. Em todos os pontos, ele insistia em ter sua própria maneira. Finalmente, ele disse: “Simplesmente, deixe as coisas comigo; farei tudo sozinho.” Eu pensei: “Que tipo de lógica é essa? Você insiste para que eu sempre obedeça a você, pois você é meu superior, todavia você nunca precisa obedecer a seu superior.” Imediatamente, procurei essa irmã para perguntar-lhe sobre essa questão.  Fiquei aborrecido, pois ela não prestou atenção ao certo ou errado. Ela se levantou e perguntou: “Você não tem visto o que é a vida de Cristo? Há alguns meses, você tem vindo continuamente para dizer que você está certo e esse irmão está errado. Você não sabe o que é a cruz? Você está insistindo na retidão da questão, mas eu insisto na vida da cruz.” Eu tinha estado a insistir sobre o certo e errado. Não tinha visto a questão da vida, nem a cruz. Portanto, ela perguntou-me: “Você pensa que você está certo em fazer isso? Você pensa que você está certo ao dizer essas coisas? Você pensa que é certo para você dizer-me essas coisas? Todas elas estão certas conforme a razão, mas eu pergunto como você se sente interiormente. Qual é seu sentimento interior?” Pude apenas confessar que eu tinha estado certo conforme a razão, mas errado conforme a vida interior.
O padrão do viver cristão não apenas trata com coisas más, mas também com coisas boas e retas. Muitas questões estão certas conforme os padrões humanos, porém o padrão divino as declara erradas, pois elas carecem da vida divina. No dia ao qual eu me referi, eu vi essa luz pela primeira vez. Desde então, comecei a me perguntar se a vida que eu vivia diante de Deus era de acordo com o princípio da vida ou com o princípio daquilo que eu considerava certo e errado. Eu me perguntei: “Eu estou fazendo isso apenas porque é certo?” A chave para tudo é essa: Outros podem dizer que algo é certo. Nós também podemos dizer que é certo, contudo a vida do Senhor se levanta dentro de nós ou ela recua quando começamos a fazer algo? Quando começamos a fazer algo, sentimos a unção ou  nos sentimos deprimidos? Quando estamos fazendo essa coisa, temos um sentimento crescente que estamos na trilha certa, ou há algo nos dizendo que estamos fora do caminho? Por favor, lembrem-se de que a vida não faz decisões conforme padrões exteriores de certo e errado. As questões devem ser decididas conforme a percepção da vida de Deus ou a percepção da morte. Decisões devem ser feitas conforme a vida de Deus quando ela se levanta ou recua dentro de nós. Nenhum cristão deve dizer que pode fazer algo porque é bom ou certo. Devemos perguntar ao Senhor dentro de nós. Qual é o sentimento interior que o Senhor dá? Sentimo-nos alegres interiormente acerca desse assunto? Temos felicidade e paz espirituais? Essas são as questões que decidem nossa senda espiritual.
Quando eu estava visitando Honor Oak, havia outro irmão que também era um convidado ali. Ele tinha muitas críticas ao lugar. Ele tinha sido pastor e era um bom pregador, e sabia que Honor Oak tinha muito a oferecer espiritualmente. Não obstante, ele desaprovava muitas coisas. Quando nos encontrávamos, ele gostava de me contar quão melhor era seu lugar que Honor Oak. Durante os dois ou três meses que ficamos juntos, suas críticas excederam as de qualquer outra pessoa. Um dia, ele foi longe demais, portanto eu lhe perguntei: “Você diz que Honor Oak é ruim, por isso não seria melhor se você partisse? Por que você permanece aqui?” Ele respondeu, apontando para seu coração: “A razão jaz aqui; ele deseja ficar. Toda vez que eu arrumo minhas coisas para partir, minha paz de coração se vai. Uma vez eu até fui embora por duas semanas, mas tive que escrever e pedir para retornar.” Eu disse: “Irmão, você tem visto esses dois caminhos: o caminho da vida e o caminho daquilo que você considera ser certo ou errado?” Ele disse: “Alguns dias eu vou ao meu quarto para fazer minhas malas pelo menos umas três vezes. Mas cada vez que eu quero partir, há uma proibição interior. Interiormente, sinto que eles estão fazendo coisas erradas, mas também sinto que seria errado partir para mim.” Deus tinha lhe mostrado que caso ele pudesse receber ajuda espiritual ali, ele devia permanecer ali para encontrar Deus. Podemos ver que isso não é uma questão do que concebemos como certo ou errado. Deus usa Sua vida para controlar Seus filhos.   

EXTERIORIDADES NÃO GOVERNAM DECISÕES

O maior erro entre os filhos de Deus é que muitas pessoas determinam o certo e o errado por aquilo que vêem. Muitas pessoas determinam o certo e o errado conforme seus conhecimentos e baseados em seus anos de experiência. Portanto, elas não sabem o que é verdadeiramente certo e o que é verdadeiramente errado. Por favor, lembrem-se de que o viver cristão está baseado na vida interior. Muitas pessoas têm apenas exterioridades diante de Deus. Muitas pessoas decidem o que é certo ou errado segundo as coisas exteriores. A vida, entretanto, é uma questão diferente. Aqueles que têm vida sabem o que é isso.
Espero que todos nós vejamos isso diante de Deus: Nenhum cristão pode determinar qualquer coisa à parte da vida. O que quer que aumente a vida interior é certo, e o que quer que decresça a vida interior é errado. Ninguém deve determinar se um assunto é certo ou errado por algum padrão exterior.
Eu me recordo de ter ido a certo lugar  onde os irmãos estavam trabalhando com resultado verdadeiro. Deus os estava usando verdadeiramente. Se você me perguntasse se sua obra era perfeita ou não, eu teria que dizer que havia espaço para melhora. Com grande humildade, eles me pediram para apontar qualquer coisa que eu visse que poderia ser corrigida, por isso, eu mostrei isso e aquilo. Eles me pediram várias vezes, mas não mudaram nada. Eu fiquei irritado? Não! Uma pessoa tola ficaria irritada, mas aquele que conhece a Deus não pode ficar aborrecido. Eu tão-somente pude mostrar questões externas que precisavam de ajustes, porém não podia ver aquilo que Deus estava fazendo dentro deles. Eu não tinha qualquer modo de dizer a Deus o que Ele devia fazer dentro deles.
Em outro lugar, o qual visitei, os irmãos não estavam pregando o evangelho. Eles discutiram a questão comigo e me perguntaram se eu pensava que eles deviam fazê-lo. Eu respondi: “Falando doutrinariamente, certamente devemos pregar o evangelho.” Eles disseram que perceberam isso também, mas que, surpreendentemente, Deus não lhes dera a vida para fazê-lo. Aqueles que conhecem a Deus podem somente ficar de lado em silêncio, pois nosso caminho é Sua vida, não o certo e errado. A diferença entre esses dois princípios é imensa. Irmãos e irmãs, o contraste aqui é muito grande. Muitas pessoas só pensam se lhes é certo ou errado fazer algo. Todavia, hoje não devemos agir conforme o que é certo e o que é errado. A única pergunta que devemos fazer hoje é se a vida divina dentro de nós se levanta ou cai. Isso é o que deve determinar o caminho que tomamos. Tudo é decidido em nossos corações.

"A ELE OUVI”

No Monte da Transfiguração, Moisés estava presente, representando o padrão moral externo, e Elias estava presente, representando o padrão externo, humano (Mt 17:3). Todos nós sabemos que Moisés representa a lei, e Elias representa os profetas. O padrão da lei estava presente, e o padrão dos profetas estava presente. No Velho Testamento, a lei e os profetas eram muito qualificados para falar, contudo Deus silenciou-os aqui. Deus disse a Pedro: “Este é o meu Filho amado,... a Ele ouvi” (v. 5). Hoje, o padrão para o viver cristão não é mais a lei, sequer é os profetas. O padrão para o viver cristão é, agora, o próprio Cristo; é o Cristo que habita dentro de nós. Por conseguinte, não é uma questão de se estamos certos ou errados, mas de se a vida divina em nós concorda ou não com algo. Freqüentemente, para nossa surpresa, descobrimos que a vida dentro de nós desaprova aquilo que aprovamos. Quando isso acontece, não podemos insistir sobre aquilo que pensamos estar certo.    

A VIDA DIVINA DEVE SER SATISFEITA

Eu me lembro da história de dois irmãos, ambos cristãos, que tinham um arrozal. Os arrozais precisam  ser irrigados. Seus arrozais estavam na metade da subida de um monte; outros estavam mais embaixo. No grande calor do dia, eles tiravam água e enchiam seu arrozal. À noite, iam dormir. Porém, enquanto estavam dormindo, o fazendeiro da fazenda mais abaixo do monte cavava um buraco no canal de irrigação em volta do campo dos irmãos e deixava toda a água correr para dentro do seu campo. Na manhã seguinte, os irmãos viram o que havia acontecido, todavia eles não disseram nada. Novamente, encheram os canais com água. No dia seguinte, eles viram que seu campo tinha sido esvaziado outra vez, contudo ainda não disseram nada. Eles eram cristãos e sentiram que deveriam suportar em silêncio. Isto aconteceu todo dia, por uma semana. Algumas pessoas sugeriram que eles ficassem de guarda, em seu campo, à noite, para apanhar o ladrão e bater-lhe. Eles não disseram uma palavra como resposta; apenas suportaram, pois eram cristãos.     
Segundo o conceito humano, eles deviam ter estado a caminhar alegremente,  de modo feliz, e vitoriosamente, pois estavam sofrendo em silêncio, mesmo depois de tirarem água diariamente e essa ser roubada muitíssimas vezes. Contudo, estranhamente, ainda que eles tirassem água todo dia e permanecessem silenciosos enquanto outros a roubavam, não tinham paz em seus corações. Eles, então, foram ver um irmão com alguma experiência na obra do Senhor e disseram: “Nós não entendemos porque não temos paz depois de sofrer por sete ou oito dias. Os cristãos devem sofrer e permitir que outros os roubem, contudo não temos paz em nossos corações.” Esse irmão era muito experiente. Ele disse: “Vocês não têm feito o suficiente, nem têm suportado o bastante. Vocês devem primeiramente encher o campo da pessoa que tem roubado sua água. Então podem encher seu próprio campo. Vão e experimentem isso, então vejam se terão paz interior.” Ambos concordaram. No próximo dia, eles se levantaram mais cedo que de costume e encheram o campo da pessoa que tinha roubado sua água, antes de encher seu próprio campo. Estranhamente, eles se tornavam mais e mais alegres enquanto enchiam o campo daquelas pessoas. Quando foram encher seu próprio campo, tinham paz em seus corações. Estavam em paz com o pensamento de permitir que aquela pessoa roubasse sua água. Depois de dois ou três dias fazendo isso, a pessoa que havia roubado sua água veio desculpar-se dizendo: “Se isso é cristianismo, eu quero ouvir a seu respeito”.
Isso nos mostra que no âmbito do certo e errado, sofrer é correto. Que mais podemos pedir que alguém faça? Aqueles tinham passado um dia inteiro tirando água, e não num tempo bom, mas num tempo quente.  Eles não eram pessoas instruídas; eram fazendeiros. Tinham feito a coisa certa e boa. O que mais poderia alguém pedir deles? Todavia, não tiveram paz interior. Isto ilustra o caminho da vida. Esse é o caminho que tomamos. O caminho do certo e errado é outro caminho. O homem diz que o certo é bom o bastante, mas Deus diz que somente a vida é suficiente.  Devemos fazer coisas até o ponto que a alegria e a paz sejam produzidas interiormente. Essa é a diferença entre o caminho da vida o caminho do certo e errado. É como se o certo e errado fossem suficientes e que nada mais fosse necessário. Porém, Deus não está satisfeito com o estar certo. Ele exige que satisfaçamos a vida divina.

O que o Sermão do Monte em Mateus 5 ___ 7 nos ensina? Ele nos ensina nada menos que estar certo não é o bastante. Devemos fazer coisas de um modo que satisfaça a vida que Deus nos tem dado. Este é o conteúdo de Mateus 5 ___ 7, o Sermão do Monte. O Sermão do Monte não diz que tudo está certo contanto que as coisas sejam feitas conforme o que é certo. O homem pergunta por que ele tem que voltar a outra face quando alguém lhe bate. Não é bom o bastante se não dizemos nada quando alguém nos fere? Não é maravilhoso que não o tenhamos repreendido e mostrado grande moderação? Contudo, Deus diz que não é mesmo o bastante apenas abaixar nossas cabeças e partir quando somos feridos. Isto não satisfaz a vida interior. Devemos voltar nossa outra face para essa pessoa ferir também. Isto significa que não temos ódio em nossos corações. Não estamos irados e podemos suportar esse tratamento uma segunda vez. A vida é humilde. A vida pode voltar a outra face para outro soco. Esse é o caminho da vida.
Muitas pessoas dizem que Mateus 5 ___ 7 é muito difícil para elas. Admito que seja. É-nos impossível cumprir Mateus 5 ___ 7. Se tentarmos, morreremos, pois não podemos fazê-lo. Entretanto, temos outra vida dentro de nós. Ela nos diz que não ficaremos felizes se não fizermos isso. Não importa quanto tenhamos sido ofendidos por um irmão ou irmã. Se não nos ajoelharmos para orar por ele ou ela, não teremos alegria interior. É bom sofrer em silêncio, mas se não seguirmos o ensino do Sermão do Monte, não teremos alegria interior. O Sermão do Monte ensina que devemos satisfazer a vida de Deus dentro de nós. Ao fazer essas coisas, a vida divina é satisfeita, liberada, em paz e feliz. Essa é toda a questão: Estamos caminhando no caminho da vida ou no caminho do certo e errado? Se lermos a Palavra de Deus claramente, veremos que é errado decidir questões pelo princípio do certo e errado ou vivermos, agirmos, e termos nosso ser conforme nossa vida de ego.

DEVE HAVER PLENITUDE DE VIDA INTERIOR

Algumas vezes, nos deparamos com um irmão que agiu mui tolamente. Segundo aquilo que é adequado, deveríamos exortá-lo ou repreendê-lo fortemente. Dizemos a nós mesmos que ele precisa de um tratamento sério, radical. Preparamo-nos para enfrentar a situação, pois sabemos que ele estará por perto por alguns dias. Vamos à sua casa e batemos à porta, mas então nos perguntamos se estamos certos ou errados. Ele agiu tolamente, portanto o que podemos fazer a não ser exortá-lo? Vamos à sua porta e levantamos nossa mão para bater, contudo, interiormente, existe um problema. Nossa mão levantada inclina-se para nosso lado. Ainda que tenhamos nos convencido que estamos certos, isso não é uma questão de certo e errado. É uma questão de se a vida de Deus nos permite ou não. Muitas vezes, quando formos exortar um irmão, ele receberá nossa exortação com cortesia e prometerá fazer o que Deus diz. Contudo, quanto mais pregamos para ele, mais nosso ser interior murcha. Quando retornamos ao lar, temos que admitir que estávamos errados em exortar o irmão! Portanto, não é uma questão de bom ou mau, mas uma questão de ser cheio de vida interiormente.
Vou lhe dar outro exemplo. Encontrei um irmão necessitado alguns dias atrás. Ele era extremamente pobre e necessitava de alguma ajuda. Pensei que, certamente, devia fazer algo por ele, pois não havia perspectiva de ajuda vindo para ele de qualquer direção. Justamente naquele momento, eu não tinha qualquer reserva, portanto foi um grande sacrifício ajudá-lo. Parecia que eu estava excedendo os meus limites para ajudá-lo. Conforme o que é adequado, eu estava certo. Eu devia ter ficado feliz quando lhe dei algum dinheiro. Entretanto, por alguma razão desconhecida, eu murchei interiormente quando lhe dei o dinheiro que lhe tinha prometido. Uma voz dentro de mim dizia: “Você está agindo apenas por caridade. Isto não foi um ato de vida; foi meramente cortesia humana e bondade natural. Não foi feito em vida, mas em você mesmo.” Deus não queria que eu fizesse isto. Tenho sofrido a respeito desse assunto por duas ou três semanas. Ainda que dei dinheiro ao irmão, tive que me prostrar diante de Deus, confessar meu pecado, e pedir Seu perdão quando cheguei em casa.

 

 

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de
Cristo, para outro evangelho; o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e
querem perverter o evangelho de Cristo.
céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim
como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que
recebestes, seja anátema. Porventura procuro eu agora o favor dos homens, ou o de Deus?
Ou procuro agradar a homens?
Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo
(Gálatas 1:6-10).
Pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus a ponto de nos confiar ele o
evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e, sim, a Deus que prova os
nossos corações
(1 Tessalonicenses 2:4).
É por isso que também nos esforçamos, quer presentes, quer ausentes, para lhe ser
agradáveis
Uma atitude básica
O verdadeiro servo de Deus possui uma atitude básica, que é agradar ao Senhor. Em
Gálatas Paulo declarou: "Porventura procuro eu agora o favor dos homens, ou o de Deus?
ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo"
(1:10). Quando Paulo disse isto, por um lado ele estava tão entristecido com o rápido
desvio do evangelho de parte dos crentes, evangelho que tinham ouvido Paulo pregar, e por
outro lado, ele solenemente expressou sua atitude para com o Senhor.
Da primeira vez que foi à Galácia pregar o evangelho, disse ao povo que os homens
são salvos pela graça do Senhor mediante a fé, e não pelo cumprimento da lei. Naqueles
dias muitos creram no Senhor. Aqueles que creram também amaram a Paulo, e a tal ponto
que estavam dispostos a dar-lhe seus próprios olhos (ver 4:15). Mais tarde, vieram algumas
pessoas e disseram aos Gálatas que só fé e graça não eram suficientes, pois necessitariam
da lei para aperfeiçoá-los (ver 3:1-14). Por este motivo, Paulo os advertiu mui seriamente:
"Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além
do que vos temos pregado, seja anátema" (1:8). Entretanto, os Gálatas foram tão profundamente
seduzidos por essa gente que não ficaram contentes com Paulo quando ele contendeu
com toda seriedade pela verdade do evangelho. De modo que Paulo escreveu:
"Procuro eu agora o favor dos homens, ou o de Deus?... Estou-me tornando vosso inimigo
ao dizer-vos a verdade?" (1:10; 4:16).
Todos os que forem servos de Deus devem ter esta atitude básica de agradar ao
Senhor. Se Paulo tivesse contemporizado somente um pouquinho e não tivesse levado o
evangelho do Senhor tão a sério, se tivesse dito que deveras a salvação era por meio da fé,
mas que
acolhimento dos Gálatas. Não teria havido necessidade dele pagar qualquer preço. Mas
Paulo não podia sacrificar e não sacrificaria a verdade. Ele deve ser leal ao Senhor.
Deixando de lado o favor dos homens, duramente os repreendeu: "Ó Gálatas insensatos!
Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como
crucificado? ... De Cristo vos desligastes vós que procurais justificar-vos na lei, da graça
decaístes" (3:1; 5:4).
A atitute de Paulo deve também ser a de todo servo de Deus. Quem, então, são os
servos de Deus? Muitos acham que somente os que pregam o evangelho e entregam a
palavra da verdade são servos de Deus, e que o restante dos crentes não são servos dele.
Examinemos o que nos diz a Bíblia. Ela nos diz que todos os filhos redimidos de Deus são
seus servos: "Porque os filhos de Israel me são servos; meus servos são eles, os quais tirei
da terra do Egito: Eu sou o Senhor vosso Deus" (Levítico 25:55). Esta passagem afirma
claramente que se a pessoa for israelita tirado da terra do Egito, é servo de Deus. Não
somente Moisés nem somente Josué são servos de Deus, mas todos os filhos de Israel a
quem Deus tirou da terra do Egito deviam ser seus servos. Se você for uma pessoa salva,
um filho de Deus, você também é seu servo.
Nosso conhecimento do Senhor Jesus e de seu sangue é duplo: O sangue do Senhor
não somente nos purifica de nossos pecados, mas também nos compra para o Senhor. O
Senhor Jesus não é somente nosso Salvador, é também nosso Senhor. É preciso que cada
um de nós perceba que Jesus é nosso Senhor e que somos seus servos, pois ele comprounos
com seu sangue. A fim de vivermos para ele, devemos compreender completamente a
autoridade que o Senhor tem sobre nós. Aquele que já viu de verdade o amor da cruz tem
em si mais ou menos um coração de amor para com o Senhor. Mas também deve ter uma
expressão concreta — agradar ao Senhor.
A glória de Deus vs. a glória dos homens
Por que é que alguns cristãos não podem agradar ao Senhor? Há um motivo principal
para isto: amam mais a glória dos homens que a glória de Deus. João 12 diz-nos que
muitos dos principais dos judeus criam em Jesus; mas por causa dos fariseus não o
confessavam para que não fossem expulsos das sinagogas (v. 42). Não ousavam ser cristãos
declarados. O defeito deles estava em amar a glória dos homens mais do que a glória de
Deus (v. 43).
Deixe-me perguntar: Temos a mesma propensão? Amamos mais a glória dos ho
mens que a de Deus? Alguns cristãos não ousam confessar abertamente o nome do Senhor
Jesus. Têm medo de confessar perante os homens que são cristãos. Não ousam agradecer
as refeições em público. Até mesmo param com sua vida de oração e estudo. Param de ir às
reuniões. Por quê? Amiúde é porque temem que as pessoas os ridicularizem, e os acusem
de supersticiosos. Amam a glória dos homens mais do que a glória de Deus. Permita-me
dizer que se você amasse realmente o Senhor, teria determinação firme de agradá-lo, e que
se realmente quisesse agradar ao Senhor jamais amaria mais a glória dos homens que a
glória de Deus.
O cristão que agrada ao Senhor e lhe é leal também deve ser fiel à verdade do Senhor.
Para manter a verdade Paulo não prestou atenção à oposição dos homens. Disse o
apóstolo: "Tornei-me, porventura, vosso inimigo, por vos dizer a verdade?" (Gálatas 4:16).
Ele preferia ser confrontado a comprometer a verdade. Preferia sacrificar a si mesmo a
sacrificar a verdade. Preferia ele a perda própria a permitir que a verdade sofresse.
No passado, inúmeros cristãos pagaram preços tremendos por agradar ao Senhor.
Tinham o desejo de seguir a Bíblia em todas as coisas. Tudo que está na Bíblia eles
aceitavam; o que não está na Bíblia rejeitavam. E por isso, pagaram um preço muito caro.
É bem verdade que se você for um tanto liberal acerca da verdade e abaixar seu padrão,
poderá escapar a muitos ataques e a muita zombaria. Mas fique certo que se você se firmar
na verdade não poderá evitar a perseguição e não deve temer pagar o preço.
Certa vez um irmão, ao perceber o significado do batismo nas Escrituras, desejou
ser imerso. Mas seu pai não aprovou sua decisão. O filho, então, experimentou uma grande
luta no seu interior. Seu dilema era que se fosse imerso magoaria o coração de seu pai; mas
se não fosse imerso, seria desleal à palavra do Senhor. Enquanto debatia em seu coração
sobre o assunto, foi-lhe dada uma palavra pelo Senhor: "Quem ama seu pai ou sua mãe
mais do que a mim, não é digno de mim" (Mateus 10:37). Aqui encontrou-se com o assunto
do preço. Agradaria ao Senhor ou a seus pais? Graças a Deus que o amor de Cristo o
capturou de modo tal que finalmente foi batizado por imersão.
A história deste irmão ilustra algo crítico: se desejar agradar ao Senhor, deve ser
completamente obediente à verdade do Senhor. Tivesse Paulo em seu dia contemporizado,
um pouquinho que fosse, com os crentes Gálatas e não tivesse tomado a verdade com a
seriedade que lhe é devida ou tivesse ele proferido palavras ambíguas, teria recebido o
bem-vindo e a amizade dos Gálatas. Mas ele já havia contado seu preço. Acontecesse o que
acontecesse, ele não podia agradar aos homens, mas sim a Deus; doutra forma, não podia
ser servo do Senhor. Ele preferiria ser tomado como inimigo deles a não dizer a verdade.
"Compra a verdade, e não a vendas; compra a sabedoria, a instrução, e o entendimento"
(Provérbios 23:23). A verdade precisa ser comprada: requer o pagamento de um
preço. Se deseja agradar ao Senhor e ficar do lado da verdade, terá de pagar o preço. Se vir
a verdade claramente, deve obedecê-la até o fim. Quão triste é, que por amor ao agradar
aos homens e não estarem dispostos a pagar o preço, muitos cristãos têm feito desvios
concernentes à verdade. Porém a verdade só pode ser
A verdade não permite nenhuma mudança. É como a coluna de uma casa (comparar com
Apocalipse 3:12). A coluna não é como uma janela ou uma porta que podem ser alteradas
no tamanho e dimensão. É imóvel; não pode ser esticada ou encurtada à vontade. Em
outras palavras, a verdade é absolutamente imutável. No caso de não sermos capazes de
pagar o preço e de obedecermos a alguma verdade, então julguemos a nós mesmos
confessando nossas fraquezas. Não podemos rebaixar a verdade por causa de nossa incapacidade
de cumpri-la ou por que nos afetará demasiadamente. Doutra forma,
incorreremos em consequências sérias perante Deus.
comprada; nunca está em liquidação.
também dependia das obras da lei, ele podia ter trocado a verdade pelo prazer e
(2 Coríntios 5:9).
Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do